terça-feira, 18 de outubro de 2011

Protocolo de Quioto

Protocolo de Quioto

 
O Protocolo de Quioto iniciou-se a partir de uma série de eventos. A Toronto Conference on The Changing Atmosfere, realizada no Canadá(1988), deu início a esse processo, sendo seguida pela First Assessment Report em Sundsvall, Suécia(1990). Posteriormente, houve a ECO-92, no Brasil, Rio de Janeiro.

            O objetivo do Protocolo se dá através de um tratado internacional, no qual mobiliza diversos países a idéia da redução de gases que agravam o efeito estufa. Foi discutido em Quioto, no Japão, em 1997, sendo aberto para assinaturas em dezembro deste mesmo ano. A partir de um calendário, propõe-se que os países-membros do tratado tenham a emissão destes gases reduzidos em 5,8% em até 2008-2012(primeiro período), com relação a data de 1990.
As metas de redução não são homogêneas a todos os países, colocando níveis diferenciados para os 38 países que mais emitem gases. Países em desenvolvimento, como Brasil, México, Argentina e Índia, não receberam metas de redução até o momento. O Protocolo de Quioto estimula os países através de ações básicas que estariam em prol à redução, como:
  • Reformar os setores de energia e transportes;
  • Promover o uso de fontes energéticas renováveis;
  • Eliminar mecanismos financeiros e de mercado inapropriados aos fins da Convenção;
  • Limitar as emissões de metano no gerenciamento de resíduos e dos sistemas energéticos;
  • Proteger florestas e outros sumidouros de carbono.
Se for implementado corretamente e como foi planejado, em até 2100 haverá um déficit da temperatura global(entre 1,8ºC e 5,8º). Contudo, cientistas afirmam que se a meta do primeiro período continuar na redução de gases em até 5%, o que foi informado acerca das temperaturas não se processará.


Os Estados Unidos e o Protocolo de Quioto
Os Estados Unidos, sob o governo Bush, negaram-se a assinar o Protocolo de Quioto, com a justificativa de que esta medida debilitaria a economia norte-americana. Alguns norte-americanos questionam a relação entre a temperatura global e a emissão de gases poluentes.
            Mesmo não ratificando o Protocolo, alguns donos de indústrias do nordeste dos Estados Unidos e alguns estados(como a Califórnia) já estão tentando efetivar e diminuição da emissão de gases sem que isso altere de maneira negativa suas respectivas economias. Em 2009, o atual presidente Barack Obama encaminhou o Protocolo de Quioto para ser ratificado pelo senado.





Os Céticos e o Protocolo de Quioto
         O Protocolo de Quioto só faz sentido para aqueles que de fato acreditam na relação entre a emissão de gases poluentes, principalmente os provenientes da queima de combustíveis fósseis, e o elevação da temperatura global. Sendo assim, os países desenvolvidos teriam que diminuir drasticamente seus gases emitidos, acarretando em uma economia debilitada a médio prazo. Segundo os céticos, a única forma de se conseguir um bem-estar em bens e serviços seria através da economia, e isso possui influência sobre a humanidade.
            Assim, os Estados Unidos não ratificaram o Protocolo, e provavelmente não ratificarão, pois é o país responsável pela maior parte da poluição atmosférica, logo a redução dos gases poluentes danificaria sua economia. Os céticos consideram essa atitude prudente. E de fato, muitos dos países desenvolvidos que aprovaram o Protocolo, aceitaram também o “desafio” em diminuir a emissão de gases em 8%, tendo uma relação entre 1990 e 2010. Alguns já admitem, no entanto, que só conseguirão reduzir apenas 1% de suas rspectivas emissões até 2010.
           
A União Europeia esperava atingir as metas compromissadas, aproveitando as possibilidades da Inglaterra, França e Alemanha de reduzir suas emissões aos níveis de 1990, utilizando a política de abandono do uso do carvão, aumentando o uso da energia nuclear e fechando as portas das indústrias poluidoras do leste alemão. Considerando tais fatos, as outras nações não precisariam ser tão severas na redução das suas emissões sob a política original do Protocolo de Quioto. Como consequência, estes países aumentaram maciçamente suas emissões, apagando assim os ganhos dos países grandes. Pelo menos 12 dos 15 países europeus estão preocupados em poder cumprir as suas metas; nove deles romperam-nas, com emissões aumentando entre 20% e 77%.
Gases poluentes:
• CO2 - Dióxido de Carbono
• N2O - Óxido Nitroso
• CH4 - Metano
• HFC - Hidrofluorcarboneto
• PFC - Perfluorcarboneto
• SF6 - Hexofluor Sulfuroso
O Aumento Das Emissões de Gases Poluentes dos Países em Desenvolvimento
            Um dos argumentos usados para a não-ratificação do Protocolo de Quioto foi o fato de alguns países em desenvolvimento não terem a obrigação de aderir a proposta do tratado. Apesar de não terem obrigação, estes países já respondem por 52% das emissões de CO2, e a Chinha, segundo uma avaliação feita em 2006, ultrapassou o volume de emissão deste gás em 8% em relação aos Estados Unidos. Atualmente, a China já responde por praticamente um quarto das emissão global de dióxido de carbono. Um dos motivos que faz com que este país lidere o ranking é a queima do carvão mineral, que responde por 68,4% da produção de energia na China. Essa fonte de energia é responsável por 40,5% das emissões de CO2, sendo este gás o maior contribuinte do aquecimento global.
            Ainda em 2006, o consumo de carvão mineral na China saltou em 8,7%, e até 2010, há índices de que o maior consumidor de energia do mundo será este país. Paralelamente, há cerca de 560 usinas termoelétricas em construção no território chinês. Em 2007, duas termoelétricas eram inauguradas por semana, logo, até então a tendência era um continuado desenvolvimento da queima de carvão mineral, culminando na emissão de dióxido de carbono, o que também foi verificado na Índia. Dados dizem que até 2030, estes dois países responderão por 45% do aumento mundial da demanda por energia, podendo significar um aumento de 57% de emissões deste gás.



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