terça-feira, 18 de outubro de 2011

Inversão térmica


Inversão Térmica

A inversão térmica é um fenômeno natural que ocorre devido ao rápido aquecimento e resfriamento da superfície em alguns locais e é agravado, nos grandes centros urbanos, devido à presença de poluentes como o gás carbônico. Para entendê-lo precisa-se saber que o ar quente, menos denso e mais leve, tende a subir e o ar frio, mais denso e pesado, tende a descer. Para que ocorra a inversão térmica é preciso de uma baixa umidade do ar, esse fenômeno pode ocorrer em qualquer época do ano, porém fica mais intenso nas épocas de noites longas, com baixas temperaturas e pouco vento.
Durante a maioria dos dias, o movimento do ar na atmosfera é vertical. O ar quente, que é o resultado da ação dos raios solares no solo, sobe para dar lugar ao ar frio. Nesse movimento, os poluentes, que são mais quentes e menos densos que o ar, sobem ainda mais e se dispersam.

Como Ocorre
Em alguns dias, com maior frequência durante o inverno quando as noites são mais longas e a umidade cai, a superfície Inversão térmica da terra se resfria rapidamente em alguns locais, criando assim uma camada de ar frio embaixo da camada de ar quente.
O ar frio, como é menos denso tende a ficar “preso” pela camada de ar quente que está acima dele e por sua vez a reter todos os poluentes consigo, devido que o ar não circula mais. Assim, ocorre uma inversão térmica que é vista sob a forma de uma faixa cinza alaranjada no horizonte.
O problema da inversão térmica é que quando ela está associada a altas concentrações de poluentes, pode provocar ou agravar problemas de saúde, principalmente respiratórios, devido ao acumulo desses poluentes na camada mais baixa da atmosfera e a baixa temperatura resultante.
  




Veja na prática o que ocorre na Inversão Térmica:
Conseqüências
Quando ocorre a inversão térmica, os poluentes, que normalmente iriam se dispersar acompanhando o ar quente liberado na terra, ficam presos. A faixa cinza alaranjada é a conseqüência visível do fenômeno.

É comum nos invernos em cidades grandes, vários moradores apresentarem problemas de saúde, afinal a poluição atmosférica torna-se mais intensa. Entre os efeitos dos poluentes, é constatado que o monóxido de carbono, que sai dos escapamentos dos veículos, causa disfunções do miocárdio e o dióxido de enxofre causa problemas respiratórios. Além desses dois poluentes, várias partículas de poluentes  prejudicam a circulação vascular do corpo humano, ampliando as chances, por exemplo, de aumento da pressão arterial.

Estudos da Universidade de São Paulo (USP) estimam que cerca de oito pessoas morrem por dia na região metropolitana de São Paulo por causa de conseqüências indiretas da poluição atmosférica.
São Paulo
Los Angeles










Soluções
As soluções para esse problemas estão ligadas à implantação de leis ambientais mais eficientes e principalmente uma maior fiscalização dessas leis, que precisam estar voltadas para a diminuição do nível de poluição do ar nos grandes centros urbanos. Uma medida que ajudaria na diminuição da emissão desses gases, é a substituição dos combustíveis fósseis por bicombustíveis ou por energia elétrica.  
Para diminuir o impacto da poluição, São Paulo adota, desde 1997, o rodízio de carros, eliminando boa parte da frota durante o horário de rush. Além disso, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) tem controlado a qualidade do ar em São Paulo com atenção especial para os dias de inverno. Em 2006, 32% dos dias entre maio e setembro foram desfavoráveis para a dispersão dos poluentes. A porcentagem foi a maior detectada desde 2001




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